terça-feira, 31 de julho de 2007

tiro de pártia

vi você ontem, sozinha
envolta nas brumas dos seus pensamentos e digressões;
te vi e você estava suada, linda e cansada, como sempre.

Cheia de pesos na consciência!



26 ª Força - HAAIAH

Haaiah (2ª Hierarquia - tipo: "Dominações") inspira-lhe percepção de diferentes realidades. Os nascidos sob a influência deste Anjo - ou que eventualmente sejam por eles inspiradas - costumam desenvolver habilidades no relacionamento formal, tal como na área da política, da diplomacia, das vendas e do jornalismo. Dotados de mente concreta, preferem as manifestações afetivas sem muita sutileza e com resultados concretos.
Conciliadores inatos, acreditam firmemente na liberdade pessoal e não aceitam a existência de um destino pré-estabelecido. Haaiah aconselha unificação das diferentes experiências. No amor, lembre-se de que as diferenças são sempre enriquecedoras.





http://www.pocos-net.com.br/personal/depaula/hierarqu.htm

taquicardia


posso te emprestar uma parte
deste ser pulsante.
e pulsar no mesmo instante!






segunda-feira, 30 de julho de 2007

analfabetizado



QWERTPOIUYASDFGÇLKJHZXCVMNB-sótemletras

sol...não!

S-O-L-E-T-R-A-R




antipreciosismo


Gosto de escrever assim
sem métrica, sem preciosidades
não sou Olavo Bilac
com suas filigranas e berloques.
Sou o Antipríncipe dos Poetas!
Sou o poeta-mendigo.
Pego migalhas de palavras
e com elas faço minha refeição do dia!

queimadura de segundo grau

o corpo arde, as mãos
arde meu dedo
todo em poesia!




domingo, 29 de julho de 2007

como fazer um drink



ponha bastante gelo picado num copo alto

1/2 limão cortado à francesa

álcool da sua preferência
leia o rótulo



misture tudo e vá para a janela

degluta com voraCidade
relaxe.



* o consumo exagerado de poesia etílica pode causar problemas de saúde
** o limão da imagem é apenas ilustrativo, não está cortado à francesa!


D e f e n e s t r a r



Tua boca, ali tão distante
E eu aqui fogo errante
Fogo fátuo, me transmuto
Me queimo, me afago, me apago
No apego do teu gesto
Na sombra do teu corpo
Ainda dizes que não presto:

e lança meu ego do oitavo.



* boca = veveka pedreira, defenestrar = anne caribé
interstício = sérgio bezerra




Animal de sangue quente



Uma parede de vidro separava as pessoas que olhavam abismadas.
Uma poça de sangue. Pequena.
As máquinas rugiam e soltavam relampejos enquanto a tarde escorria no relógio. A varredora explicava que aquele tipo de crime sempre acontecia por ali. Era comum. Pedia que ninguém se assustasse.
Diante daquela aglomeração, enfiei a cabeça por entre outras e vi, em frente ao balcão de fotocópia: era um gato com um rato entre os dentes.



sibilo


Sssspp !!
Cortou o ar
uma flecha azul.



Homem da Rampa





Pescador por escolha.


Eletricista de profissão; soldador, torneiro mecânico, recepcionista, gráfico, ex-ladrão, comerciante, jornalista, pai de família, marceneiro, mecânico, bêbado.

Tem de tudo na Rampa.
Mas...

A rampa está vazia.

Onde se ouvem os antigos gritos sob o sol a pino?

Onde estão os saveiros carregados de potes, pimentas de cheiro, da Costa
do mar, do recôncavo, da Baía

onde está o peixe ainda ofegante?

onde está ele,

pescador?
marujo?

Seja lá o que for.

Barcos sem rumo, homens sem destino

Sem paradeiro, sem bússola, sem cabeço de amarração.

Com a cabeça no mar e as mãos nas nuvens, nos anzóis, nas facas amoladas, na rede

Vazia de peixes que morrem aos montes

E deixam mesas vazias, bocas vazias

Barrigas vazias


E cheias de cachaça.
Cheias de mentiras
E artimanhas
E sorrisos
E saudades.


- Só volto depois de amanhã, mulher.

- Hoje tem vento Leste!



* Baía = Bahia ou o q desejares entender. O texto agora é teu.



RUBI


O arrebol rubro e


minhas palavras grenás

avermelham teu sangue azul de princesa.




* tipo "O" positivo



Slide Verger




Vejo a Rampa
Onde toma-se banho salgado, lava-se o peixe
corta-se a mão


Onde tomava-se navalhada na carne, na alma
escarrada do fumo de corda dos saveiros
da Ilha de Maré,

de Valença com seu camarão defumado
da praia de Guaibim.

Chapa de frente, meia lua - olha o côco, dona!

Vejo ali o Forte de São Marcelo imponente
Dono da Baía, dos navios

De Todos os Santos

E encantos
de São Salvador ardente de pimenta da costa

Ardente acarajé, alfândega, najé

Roda de capoeira, o cais, navio

Rampa do Mercado onde se sabe que
todo trabalho do homem é para sua boca.


Vida mansa, moço, não volta mais.


quinta-feira, 26 de julho de 2007

e essa falta de sono miserável...


02:05


acordei ontem às 7:17. ninguém merece essa sina doida no espaço urbano. para que serve toda essa disposição se ninguém me pergunta as horas?

uma amiga me pediu orientação sobre uma tal matrícula-web. só fiz piorar a cabecita dela. porque eu não entendi nem mesmo a minha. ah, está achando que sou burro? vá lá. te dou minha senha, mas se me fizeres alguma pergunta idiota ou declaração boba seguida ou não de uma cara sem expressão... te mando aos leões!

em função meu alto desempenho em não adormecer já sequei duas térmicas cheias de petróleo.
ops!
café. uma coisa arrastou a outra e não o contrário.

deu para entender como gosto?

quente, fortíssimo e que escorra lentamente da caneca (xícara, não) até os lábios entre uma linha e outra, lida de soslaio.

meus pais me olham dali do porta retrato.

penso que toda mão nervosa fica acordada enquanto os mortais dormem o sono dos justos. tenho certeza disso.


chega, senão meu blog fica cansativo.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

após um período de inactividade blogal, eis-me aqui!

letras



caminho escuro
pé que pisa na poça de madrugada
água parada, profunda; peixes que mordem,
um elefante que entra na minha sala e descaradamente se abanca em frente ao televisor.

é como a pedra sendo ferida pelo cinzel
afiado e certeiro
cada golpe revela um ludíbrio
como uma estilingada no papo, em pleno vôo.

e em golfadas se esvai o pensamento







[certo, mas deixem-me livres as mãos para
que eu possa continuar minha viagem]

segunda-feira, 2 de julho de 2007


Agora vejam só o que não falta mais...:
...me incumbem de postar um blog para a ninhada toda; por puro capricho, ninguém se habilita.
Nem eu.
Não dominava a matéria.
Por puro capricho, resolvo montar.
O meu.
Contiuo não dominando a matéria. Só a prima.
Matéria-Prima. Pedras, pedaços de madeira e ferro.
Letras, escarros de palavras, impropérios, chavões, frases-feitas, desfeitas, insatisfeitas. Rarefeitas.
Egoísmo.

Acho que estou ficando velho e ranzinza!

Quem dá mais? Quem dá mais??


Ah, me traz um cafezinho!!