domingo, 21 de outubro de 2007


agradeço com uns versos soltos
agradeço com uns versos tortos
eu, um anjo caído, ensimesmado
agradeço a visão do paraíso.

(volte sempre)



o pica-flor na flor da pitanga


(seguindo as pegadas do Boca do Inferno)


uma pitanga visitou o beija-flor
que estava quieto no ninho
[que estranho: esse tipo arisco nunca fica quietinho!]
e o intrépido colibri a notou
notou tanto e tão bonita ele a achou
que deixou um beijo singelo no ar
e quis o néctar da sua flor.

mas o peralta incontente se reclamou:
- Pitanga tu és azeda e vens me mostrar
o doce que tens aí escondido e não mo quer dar!
- Eu dou se o quiser, mas a você, bico-doce,
não, não e não! Nem adianta tentar!

[Ralhou a linda fruta sem papas na língua.]
Ainda ofegante de tanto rondar
a fruta agridoce, ele tristemente suspirou.
e, veloz e mudo como sempre, indo embora, se pôs a voar.



como viajar de lambreta

pegue 2 dz de lambretas
lave-as muito bem, passe até uma escova para ficarem bem branquinhas.
corte tomates, cebola, pimentão vermelho e verde, coentro ou salsa e junte às lambretas. separe um pouco deste tempero.
leve a mistura ao fogo cobrindo com água. ponha sal a gosto.
depois de abertas, deixe o tempero cozinhar uns 5 minutos.
faça um molho de pimenta bem forte e adicione o tempero reservado a ele e um filete de azeite extra virgem.

beba o caldo em copo americano
(daqueles de boteco, listrado)
com cuidado para não queimar a língua!

pingue limão e o molho dentro de cada lambreta.
coma com as mãos
na panela mesmo.


aproveite a paisagem