domingo, 29 de julho de 2007

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Vejo a Rampa
Onde toma-se banho salgado, lava-se o peixe
corta-se a mão


Onde tomava-se navalhada na carne, na alma
escarrada do fumo de corda dos saveiros
da Ilha de Maré,

de Valença com seu camarão defumado
da praia de Guaibim.

Chapa de frente, meia lua - olha o côco, dona!

Vejo ali o Forte de São Marcelo imponente
Dono da Baía, dos navios

De Todos os Santos

E encantos
de São Salvador ardente de pimenta da costa

Ardente acarajé, alfândega, najé

Roda de capoeira, o cais, navio

Rampa do Mercado onde se sabe que
todo trabalho do homem é para sua boca.


Vida mansa, moço, não volta mais.


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